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14/09/2022 às 15h16min - Atualizada em 14/09/2022 às 15h16min

Temporada de Cruzeiros 2021/2022 injetou R$ 1,496 bilhão na economia brasileira

FONTE E FOTO: Agência Guanabara
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Apesar das limitações e restrições impostas pelo momento, que ainda era de recuperação da pandemia, o setor tem impacto importante na economia de diversos destinos da costa do Brasil
 
Cada 1 real investido no setor de cruzeiros movimentou R$ 3,23 na economia nacional. É o que mostra o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil - Temporada 2021/2022, produzido em parceria entre a CLIA Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), e lançado nesta quarta-feira, 14/9, durante o 4º Fórum CLIA Brasil 2022, em Brasília. A pesquisa traz dados inéditos do setor no Brasil e no mundo, além de traçar a interferência do cenário da economia nacional, internacional e da pandemia da Covid-19 no segmento e no comportamento do turista.
 
O resultado da última temporada comprova, mesmo com as limitações impostas pelo momento vivido pelo mundo com a pandemia de Covid-19, que o setor tem impacto muito importante na economia turística de diversos destinos da costa do Brasil.
 
A indústria de cruzeiros marítimos brasileira vem superando as dificuldades impostas pelos variados cenários dos últimos anos. A crise econômica enfrentada por todo o mundo desde o início de 2020, devido à pandemia, certamente é o momento mais desafiador já enfrentado, quando uma temporada inteira não pôde ocorrer (2020/2021) e a recém finalizada (2021/2022) sofreu com as limitações impostas (como menor período total, com a interrupção por 2 meses) e redução da capacidade das embarcações para 75% do total disponível.
 
Após o aumento na quantidade de navios na temporada brasileira de cabotagem de 2019/2020, passando para oito embarcações, a temporada 2021/2022, marcada pelo retorno das atividades após a paralisação total em 2020/2021, trouxe apenas 5 navios, que fizeram roteiros por 14 destinos brasileiros. Foram ofertados 193.927 leitos (75% da capacidade oficial dos navios, de acordo com os protocolos sanitários do período).
Os dados acima refletem o cenário desafiador vivenciado pelo setor de cruzeiros na última temporada e dão sentido ao conteúdo apresentado no estudo, como a expressiva queda do número de viajantes quando comparada ao período anterior (2019/2020), totalizando 141.289 cruzeiristas (69,9% a menos).
 
No Brasil, a temporada 2021/2022 de Cruzeiros Marítimos (de outubro de 2021 a abril de 2022) foi responsável por um impacto de R$ 1,496 bilhão na economia do país. Esse número, que engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes, foi 33,2% menor em comparação ao período de 2019/2020). Além disso, o setor gerou R$ 213 milhões em tributos.
Vale ressaltar que o impacto econômico gerado pelos gastos das armadoras para a realização da temporada 2021/2022 foi de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão, resultado 3,1% superior a 2019/2020, aumento que se deu pela alta considerável dos gastos das armadoras com combustíveis. Já o impacto gerado pelos gastos dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades e portos de embarque/desembarque e trânsito foi de R$ 329,7 milhões, 70,3% inferior à temporada anterior, devido à redução de 69,9% no número total de cruzeiristas no período.
 
Os setores mais beneficiados com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes (sem contar as armadoras) foram: alimentos e bebidas (R$ 101,5 milhões), comércio varejista - despesa com compras e presentes (R$ 95,4 milhões), seguido por transporte antes e/ou após a viagem (R$ 56,3 milhões), passeios turísticos (R$ 39,8 milhões), transporte durante a viagem (R$ 22,4 milhões) e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro (R$ 14,3 milhões).
 
O levantamento ainda mostra que o gasto médio por pessoa com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 4.523,84 e o tempo médio da viagem foi de 4,8 dias. Além disso, o estudo indica que a média de impacto econômico gerada por cada cruzeirista nas cidades de escala foi de R$ 605,90 e de R$ 770,97, nas cidades de embarque e desembarque.
 
EMPREGOS - Durante a temporada 2021/2022 foram gerados 22.235 postos de trabalho na economia brasileira, o que representa um resultado 33,8% inferior ao apurado no período anterior. Do total de empregos criados, 1.223 foram de tripulantes dos navios (44,1% inferior ao gerado em 2019/2020) e outros 21.112 empregos diversos, de forma direta, indireta e induzida (-33,1%), motivados pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor, como agências de viagens e operadoras de turismo.
 
PERFIL DO VIAJANTE - Quase 92% dos pesquisados desejam realizar uma nova viagem de cruzeiro, e 87% querem retornar ao destino de escala, índice que reforça o papel da viagem de cruzeiro como uma vitrine para os viajantes conhecerem diversos destinos de maneira dinâmica e voltarem em um outro momento. Além disso, a ampla maioria dos entrevistados (78%) desceu em, pelo menos, uma parada do roteiro.
Quanto à frequência, 66,1% dos cruzeiristas realizavam sua primeira viagem de navio, enquanto os 33,9% restantes já haviam viajado de cruzeiro, em média, aproximadamente quatro vezes, o que demonstra que os cruzeiros estão sempre levando novos turistas aos destinos dos roteiros.
Quando perguntados sobre o destino de preferência no Brasil, 66,2% informaram o Litoral Nordeste, e entre os que apontaram interesse em realizar cruzeiros no exterior, 41,8% indicaram o Caribe e 36,8% a Europa como preferência de viagem.
Mais: 60,8% são mulheres e 39,2%, homens. Em relação ao estado civil, 61,4% informaram ser casados ou estar em união estável. De maneira geral, os cruzeiristas viajam acompanhados (98,9%), sendo os principais acompanhantes filhos e parentes (51,9%), cônjuge (24,7%), e amigos (19,5%).
 
BRASILEIROS PELO MUNDO - O número de turistas residentes no Brasil e que realizaram viagens de cruzeiros no exterior durante o ano de 2021 foi de 72 mil, o que significou uma redução de 66,9% em relação a 2019, com uma receita estimada de R$ 233 milhões (R$ 471 milhões a menos que em 2019).
Caribe, Mediterrâneo e Emirados Árabes Unidos foram os principais destinos de preferência.
 
Para acessar o Estudo na íntegra, acesse: https://abremar.com.br/estudos-e-dados-do-setor/

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