FONTE E FOTO: Secretaria Municipal de Comunicação Social da Prefeitura de Poços de Caldas
c A partir da iniciativa “200 anos, 200 livros”, do jornal Folha de S.Paulo, do Projeto República (núcleo de pesquisa, documentação e memória da Universidade Federal de Minas Gerais) e da Associação Portugal Brasil 200 Anos, a Biblioteca Centenário, no Espaço Cultural da Urca, organizou uma exposição com a temática do bicentenário da Independência, apresentando ao público os títulos que integram a lista de 200 livros para entender o país, disponíveis no acervo.
Em andamento desde 2019, a iniciativa foi pensada pelo diretor da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira e fundador da Associação Portugal Brasil 200 anos, o português José Manuel Diogo. Os 200 livros foram escolhidos por um grupo de 169 intelectuais, formado por renomados escritores, historiadores, sociólogos, antropólogos, juristas e professores que fizeram as indicações das obras. Segundo o autor da ideia, o projeto é “um retrato em lombadas, que explica um Brasil diverso, global, moderno, que tem uma consciência exata do seu passado, do lugar que hoje tem no mundo, dos seus desafios futuros e dos caminhos para os trilhar.”
A bibliotecária Magaly Franco destaca que, a partir da iniciativa, foram selecionadas as obras constantes na lista de 200 livros, já disponíveis no acervo da Biblioteca Centenário que, agora, fazem parte da exposição. A mostra fica em cartaz por um mês e, na sequência, todos os livros estarão disponíveis para empréstimo.
OBRAS - As obras vão desde romances como “Esaú e Jacó”, de Machado de Assis, ambientado entre o fim do Império e o início da República, que conta a história da constante disputa entre os gêmeos Pedro, monarquista, e Paulo, republicano, até livros de não-ficção, como “A elite do atraso”, do sociólogo Jessé Souza, que coloca a escravidão no centro da análise que faz sobre as engrenagens do poder e a elite financeira do país. “Quarto de despejo” (1960), de Carolina Maria de Jesus, é a obra que recebeu mais indicações na lista, seguida por “Grande Sertão: Veredas”, (1956), de Guimarães Rosa, e “A queda do céu” (2015), de Davi Kopenawa e Bruce Albert, ambos em 2º lugar. Na 4º colocação está “Raízes do Brasil” (1936), de Sérgio Buarque de Holanda, e em 5º “Casa Grande & Senzala” (1933), de Gilberto Freyre e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), de Machado de Assis. “Marília de Dirceu”, de Tomás Antonio Gonzaga, publicado em 1792, é o livro mais antigo constante da listagem, feita a partir do número de indicações do grupo selecionado e convidado a participar da iniciativa. O objetivo é mostrar a diversidade e a força literária brasileira.
Confira a listagem com as 10 obras mais indicadas: 1- Quarto de Despejo - Carolina Maria de Jesus 2- Grande Sertão: Veredas - Guimarães Rosa 3- A Queda do Céu - Davi Kopenawa, Bruce Albert 4- Raízes do Brasil - Sérgio Buarque de Hollanda 5- Casa-Grande & Senzala - Gilberto Freyre 6- Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis 7- Um Defeito de Cor - Ana Maria Gonçálves 8- Macunaíma - Mario de Andrade 9- Vidas Secas - Graciliano Ramos 10- Brasil: Uma Biografia - Lilia Schwarcz, Heloísa Starling.