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29/04/2022 às 15h43min - Atualizada em 29/04/2022 às 15h43min

Perda auditiva: Quando devemos procurar ajuda?

FONTE E FOTO: Fernanda Martinelli - [email protected]
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Otorrinolaringologista do São Cristóvão Saúde comenta como identificar sintomas da hipoacusia e quando buscar tratamento especializado
 
Precisa pedir para que repitam mais de uma vez o que lhe foi dito, por não ter compreendido a conversa? Assiste televisão em volume alto, causando reclamação de quem está ao redor? Já deixou de ouvir o som do telefone ou da campainha ou não sabe identificar a direção do som? O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estima 10 milhões de brasileiros com alguma deficiência auditiva, aproximadamente 5% da população com dificuldades em ouvir ou já em grau avançado de surdez.
 
Caso tenha se identificado com essas situações ou conheça alguém que passe por isso, o Dr. Lucas Bevilacqua Alves da Costa, otorrinolaringologista no São Cristóvão Saúde, Doutor pela FMUSP e membro do Fellowship em Otologia, esclarece sobre a hipoacusia, definida como “diminuição da capacidade de se detectar os sons” e seus possíveis tratamentos. “Nos adultos, a principal queixa se dá por meio de relatos de dificuldade para compreender o que familiares ou amigos estão dizendo. Já nas crianças, se manifesta principalmente com falta de atenção e atraso no desenvolvimento de fala e linguagem”, comenta o especialista.
 
Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, esse é um problema que, até 2050, vai afetar 900 milhões de pessoas no mundo e podem surgir, gradualmente, ao longo da vida. De acordo com o otorrino, dentre os fatores que podem levar à perda auditiva, estão:
 
NEUROSSENSORIAL: lesão interna, cujas limitações podem ser congênitas; ou seja, quando a pessoa nasce com esse tipo de perda auditiva, ou adquiridas, quando ao longo da vida, por fatores ambientais ou exposição a substâncias nocivas, que levam à perda da audição (a exemplo de alguns medicamentos).
 
CONDUTIVA: múltiplos fatores que podem levar à essa condição, tais como infecções e traumas.
Grande parte das causas está relacionada a fatores que podem ser evitados com o controle de condições já existentes e por métodos de prevenção. “É importante evitar a exposição a fatores de risco, tais como ruído de alta intensidade, e da manipulação e/ou uso de produtos ototóxicos. Para pessoas que trabalham expostas à ruídos, é importante o uso de equipamento de proteção individual apropriado para atenuação da intensidade sonora. Também é importante orientar adolescentes e crianças sobre o uso dos fones de ouvido”, notifica Dr. Lucas Costa.
 
“No caso das crianças, quando o responsável notar atraso no desenvolvimento de fala e linguagem ou qualquer suspeita que o mesmo venha a ter, é preciso procurar ajuda médica”, complementa. Assim, o diagnóstico é realizado por meio de exames que analisam as diferentes habilidades auditivas, sendo o mais comum a audiometria.

Dependendo dos resultados dos exames e das causas da surdez, o médico indicará o tratamento mais adequado. Alguns casos são resolvidos com a administração de antibióticos e anti-inflamatórios, sempre sob prescrição médica. Outros, como trauma acústico, requerem repouso. “Denominamos a surdez completa de um dos ouvidos (unilateral), de anacusia. Quando esta é nos dois ouvidos (bilateral), a denominação é que o indivíduo está cofótico”, esclarece. “No caso dos aparelhos auditivos, o mais conhecido deles é o chamado Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Porém, sua indicação depende do grau da perda auditiva (leve, moderado, severo ou profundo) e do tipo da perda auditiva (neurossensorial, condutiva ou mista)”, finaliza Dr. Lucas Costa.

Desse modo, ao notar sinais que podem estar relacionados à perda auditiva, procure um médico otorrinolaringologista para melhor investigação. Afinal, a prevenção é sempre a melhor maneira de cuidar de sua saúde.

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