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16/02/2022 às 16h09min - Atualizada em 16/02/2022 às 16h09min

App criado na UFMG escaneia alimentos de supermercado para fornecer informações nutricionais

FONTE E FOTOS: REITORIA-CEDECOM - Assessoria de Imprensa
Modelo Mexicano de Rotulagem Nutricional Frontal
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Grupo faz apelo para aumentar engajamento na utilização do RotulApp, que servirá de base para análises de pesquisas de doutorado e verificação da eficácia de modelos de Rotulagem Nutricional Frontal
 
Você confere as informações nutricionais antes de comprar um alimento? E quando confere, compreende bem o que está sendo transmitido? Com intuito de obter dados sobre essas questões e auxiliar os consumidores durante a ida ao supermercado, pesquisadores da UFMG criaram um aplicativo gratuito para smartphone que escaneia os códigos de barra dos produtos e verifica a presença de nutrientes em excesso, como açúcares; gordura saturada e sódio em alimentos processados e ultraprocessados: o RotulApp (adquira aqui - disponível apenas para o sistema operacional Android).
 
“Nós desenvolvemos um app para smartphone sem fins lucrativos (a partir de uma parceria) que deve ser usado em situação real de compras”, explica Alessandro Rangel Carolino Sales Silva, doutorando e principal autor do estudo. “A pessoa vai ao supermercado, pega o celular e escaneia, por meio do aplicativo, o código de barras de algum alimento que tenha interesse em comprar. A gente conta com aproximadamente 3.340 produtos industrializados cadastrados em nossa base de dados. Então, se o alimento estiver cadastrado, a pessoa recebe aleatoriamente alguma informação sobre ele”. Após a utilização, o usuário responde a algumas perguntas cujas respostas auxiliarão a verificar a eficácia da ‘Rotulagem Nutricional Frontal’ e ao final das compras envia a foto do seu cupom fiscal.
 
Alessandro Sales desenvolveu o projeto como parte do doutorado que realiza no Programa de Pós-graduação em Ciência de Alimentos (PPGCA), da Faculdade de Farmácia da UFMG, sob orientação da professora Lucilene Rezende Anastácio. O pesquisador faz parte de grupo Pesquisa em Ciência de Alimentos e Nutrição (PeCAN), que estuda a rotulagem dos alimentos e formas de comunicação das informações nutricionais, além de potenciais problemas relacionados à utilização das informações básicas disponibilizadas nos produtos. “A maioria dos consumidores vai ao supermercado e não consegue compreender os dados inseridos nos rótulos dos alimentos. E então fazem escolhas que não são completamente conscientes sobre o que de fato estão consumindo”, avalia. O projeto também conta com a participação de outra aluna de doutorado, Ana Paula da Costa Soares.
 
ROTULAGEM BRASILEIRA X LATINO-AMERICANA - Como parte das iniciativas para verificar os principais entraves de compreensão e o que é possível melhorar neste quadro, Alessandro decidiu pesquisar a chamada ‘Rotulagem Nutricional Frontal’, que é definida como a declaração padronizada simplificada do alto conteúdo de nutrientes específicos no painel principal do rótulo do alimento
“A partir de outubro, aqui no Brasil, os alimentos que têm excesso de sódio, gordura saturada e açúcares adicionados vão receber uma espécie de selo destacando, por exemplo, ‘alto em gordura saturada’”, explicou. O grupo participou de reuniões sobre o assunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), antes do início da pandemia de Covid-19, e faz parte do Observatório de Rotulagem. Ainda, o projeto é financiado pelo Ministério da Saúde/CNPq e Fapemig para estudar a eficácia da ‘Rotulagem Nutricional Frontal’, envolvendo também outros alunos do PPGCA e de graduação.
 
Segundo o pesquisador, a estratégia de rotular com advertências a parte frontal dos produtos que possuem nutrientes prejudiciais à saúde em excesso vem sendo amplamente difundida na América Latina. Países como a Argentina, Chile, Uruguai e México já utilizam ou já aprovaram a proposta, porém com um modelo diferente do escolhido para o Brasil - o modelo de advertência no formato de octógono preto. Por aqui, a opção escolhida foi o modelo de lupa preta. “Queremos verificar se o modelo escolhido para o Brasil de fato é o melhor ou se o que vem sendo mais usado por outros países da América Latina tem mais eficácia. Ou, ainda, se o controle que existe atualmente, que é apenas a tabela nutricional e a lista de ingredientes, já é suficiente para essa compreensão”, comenta Alessandro.
 
O aplicativo funciona de maneira simples: após fazer o download, o usuário deve se cadastrar para ser designado, aleatoriamente, para uma das opções de rotulagem em análise. Ou seja, quando a pessoa utilizar o app no supermercado, receberá informações sempre no mesmo formato definido no momento do cadastro, seguindo um dos três padrões: controle - em que constam apenas a tabela nutricional e a lista de ingredientes; octógono - nas condições elegidas pelo governo Mexicano; lupa - nas condições elegidas pela legislação brasileira com parâmetros distintos para os dados fornecidos (em relação ao formato octógono).

EM BUSCA DE VOLUNTÁRIOS - Em fase final da sua pesquisa, Alessandro Sales faz um apelo para que mais pessoas baixem o aplicativo e, sobretudo, respondam às questões enviadas pelo grupo no próprio sistema para contribuir com o projeto. “Estamos tendo uma grande dificuldade de conseguir número suficiente de utilizadores dentro do supermercado. Precisamos que as pessoas baixem o app, façam o cadastro e o utilizem dentro do supermercado conforme instruções. A ajuda de todos na coleta de dados é fundamental para o levantamento de evidências sobre a eficácia dos modelos na nossa população. Precisamos levantar esses dados para finalizar o projeto”, pede o pesquisador.
 
O grupo está disponível para responder dúvidas através do e-mail [email protected]

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