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29/01/2021 às 16h33min - Atualizada em 29/01/2021 às 16h33min

“Olhem para nós como seres humanos”, pedem profissionais do setor de eventos de Poços de Caldas

FONTE E FOTOS: Brand-News
Em nova reunião na Câmara Municipal, representantes da área falaram sobre os prejuízos, desemprego e dificuldades para exercer o trabalho durante a pandemia
 
Representantes e profissionais do setor de eventos de Poços de Caldas participaram no dia 28 de janeiro de uma nova reunião na Câmara Municipal. Eles haviam se reunido com alguns vereadores no Plenário da casa no dia 21 para falar sobre a situação instável que o setor vem enfrentando há mais de 10 meses, desde o início da pandemia do novo coronavírus. Desta vez, participaram do encontro também o vice-prefeito Júlio César de Freitas e representantes das Secretarias de Turismo, Cultura, Fazenda, Comunicação, Desenvolvimento Econômico, Saúde e Defesa Social, além de um membro do Comitê Gestor de Enfrentamento à Covid-19, do Conselho Municipal de Turismo e do Poços de Caldas Convention & Visitors Bureau. “Precisamos de perspectivas concretas para que os trabalhadores possam ter a chance, como todos estão tendo, de trabalhar”, justificaram os participantes ao solicitar nova reunião.
 
FALTA DE RESPOSTAS - No primeiro encontro com os vereadores, Siomara Bonafé e Juliano Silva, representando o Poços de Caldas Convention & Visitors Bureau, falaram sobre a importância do turismo e eventos na cidade e a rentabilidade que os mesmos proporcionam. Segundo eles, mais de 1.200 profissionais da área de eventos sofrem com a falta de respostas e decisões efetivas por parte da Secretaria de Saúde e o Comitê Extraordinário Covid-19.
A assessora e cerimonialista Thais Cobra relatou as inúmeras tentativas de obter respostas junto à prefeitura desde o início da pandemia, e a falta de interesse dos responsáveis em mostrar uma solução, um planejamento para que os profissionais possam dialogar com seus clientes. Na reunião de ontem, emocionada, ela pediu, em nome dos colegas, que os representantes do Comitê Extraordinário olhem para esses profissionais. “Somos seres humanos, somos 1.200 famílias passando dificuldade”. E enfatizou que os estabelecimentos cumprem rigorosamente as normas estabelecidas, entre elas a restrição absurda do número de convidados nos eventos, ao passo que vários locais, sem estrutura adequada, estão fazendo festas, muitas clandestinas, sem nenhuma fiscalização.   
 
PREVISIBILIDADE - Gleice Helen, assessora e cerimonialista, lembrou que o setor trabalha com planejamentos, com pessoas que passam anos idealizando seu evento, e estão sem saber o que fazer com a falta de solidez nos decretos publicados. "Como planejar um casamento sem saber se ele vai poder acontecer ou não?", lembrando que os profissionais envolvidos estão sofrendo não apenas por questões financeiras, mas também psicologicamente, uma vez que não sabem como agir com os clientes que cobram respostas incessantemente. “Precisamos trabalhar com previsibilidade”, salientou.
Também foi colocado que o setor está sendo um “alvo”, ao passo que bares, restaurantes e praças de alimentação seguem lotados, muitas vezes sem nenhuma fiscalização. “Alguns espaços, por exemplo, têm capacidade para 600 pessoas ou mais, no entanto nos é permitido fazer eventos tão somente para 30 pessoas. A falta de coerência é o que mais incomoda a todos no momento”, disseram.
Presente também ao primeiro encontro com os vereadores, a representante do buffet infantil Luciana Ribeiro expôs que eles tiverem apenas um mês de trabalho no ano de 2020, foram liberados para trabalharem em novembro, e logo após já tiveram que parar. "São 11 anos de investimentos, depois da liberação, nos adequamos e seguimos os protocolos perfeitamente, tivemos a oportunidade de fazer uma festa e correu tudo perfeitamente, vimos que dá pra trabalhar com total segurança, só pedimos o apoio de vocês para que isso aconteça".
Para completar, o celebrante e organizador de eventos Neemias Andrian pediu para que os vereadores olhem com carinho para o setor que necessita de ajuda. "Os eventos fora de Poços estão acontecendo, todos seguindo as normas, todos sendo feitos com cuidado e segurança, nós trabalhamos com sonhos, e hoje estamos vivendo nosso pior pesadelo”, argumentou.
 
DIÁLOGO - Segundo o presidente do Poder Legislativo, vereador Marcelo Heitor (PSC), a Câmara Municipal cumpriu o seu papel em ouvir a população e intermediar esse contato com o Executivo. “Foi um encontro muito produtivo e, através do diálogo, podemos construir ações positivas. Reforçamos o nosso compromisso com os munícipes e colocamos o Legislativo à disposição. Essa é uma das nossas funções, fazer essa mediação com a Prefeitura para que os anseios da comunidade sejam ouvidos”, afirmou.
O vice-prefeito Júlio César de Freitas parabenizou a Casa pela iniciativa de reunir os envolvidos nessa questão e ressaltou que o caminho é, realmente, a união. Ele reconheceu como legítima as reivindicações e afirmou que é preciso uma construção coletiva, onde o setor seja chamado para o diálogo dentro das ações da administração. O secretário de Turismo Ricardo Fonseca também defendeu a necessidade de dar conhecimento aos profissionais de toda mudança que afete o trabalho do setor. Para ele, se houver alterações, esses profissionais precisam ser chamados para possíveis melhorias.




 

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