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23/07/2021 às 15h12min - Atualizada em 23/07/2021 às 15h12min

Um passeio cultural pela Áustria

Por Odair Camillo - Jornalista
Innsbruck / Áustria - Maria-Theresien Strasse, com a famosa Coluna de St. Anna, a principal rua de Innsbruck, na Áustria, que existe há mais de 700 anos, onde se tem uma visão da belíssima arquitetura barroca e a vista fenomenal dos Alpes
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Há pouco mais de 15 anos, quando já registrava em meus arquivos de viagem mais de 20 países visitados, talvez influenciado pelo filme “A Noviça Rebelde”, que era exibido nos quatro cantos do planeta, resolvi conhecer a Áustria, a capital da música erudita, com suas mais famosas cidades: Viena, Salzburg e Innsbruck.
Depois de um contato com Birgit Weinberger, então diretora do Salzburg City Tourist Office, ela nos oferecia uma estada de cinco noites no Hotel Elefant, localizado ao lado da rua Getreidegasse, no centro histórico de Salzburg, um simpático hotel datado do século 13, hoje totalmente renovado e transformado num quatro estrelas.
 
 
Chegando à bela Salzburg
 
Como já tive oportunidade de dizer, eu sou totalmente “urbano”. Gosto de estar junto a pessoas, apreciar o movimento das ruas e participar de programas sociais. Enfim, estar sempre rodeado de gente. E foi o prazer que senti, logo após ter feito o check-in e deixado as malas no quarto do hotel.
Ao sair, logo deparei-me com muitas pessoas - a maioria turistas - que se espalhavam pelas ruas estreitas da cidade, apreciando as lojas, barzinhos e restaurantes que se sucediam no caminho até a Getreidegasse, a mais bela rua de Salzburg, e, para mim, a mais bonita de todas que havia visto até então em minhas caminhadas mundo afora.
Ao sair do hotel, pertinho dali, vi que na esquina próxima estava na famosa rua, um lugar incrível, com ares medievais, cuja maior atração eram suas placas em ferro forjado, anunciando o nome de suas lojas, restaurantes, boutiques de luxo e os pátios onde os músicos e artistas locais se apresentam.
Durante o fim do século 16 e início do século 17, essa área era o principal caminho para a Baviera. Ela era popular entre os comerciantes ricos e um dos bairros mais desejados da cidade.
E essa rua nos dá uma visão da arquitetura medieval, suas casas altas e estreitas ao longo da Getreidegasse transformadas em lojas de grife, bares e restaurantes, lojinhas de música com lembrancinhas de Mozart e produtos colecionáveis de “A Noviça Rebelde”. No início desta rua, no número 9, está a casa onde Mozart nasceu, hoje abrigando o Museu, que nos dá a oportunidade de conhecer sobre a vida do compositor em um passeio guiado de uma hora.
 
Depois de Viena, Salzburg é a segunda cidade mais visitada da Áustria. Com aproximadamente 150 mil habitantes, localizada às margens do rio Salzach, quase na fronteira com a Bavária, por muitos séculos foi um principado independente. Somente em 1815, após o Congresso de Viena, Salzburg foi anexada à Áustria.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Salzburg passou a pertencer ao Terceiro Reich e, apesar de grande parte de suas residências terem sido destruídas por bombardeios aliados, muito de sua arquitetura barroca foi preservada.
O Palácio Mirabell fica na Cidade Nova, na outra margem do rio Salzach. Originalmente, em 1606, o Arcebispo Wolf Dietrich mandou construir nessa área uma mansão bem mais simples do que o palácio atual. Serviria de acomodação à sua amante Salome Alt, com quem teve 10 filhos. Em 1818, um incêndio que atingiu a cidade destruiu parte do palácio, mas a famosa Escadaria dos Anjos e o Salão de Mármore foram preservados e ainda podem ser vistos por quem visita o interior do palácio. Atualmente, o edifício abriga o gabinete do prefeito de Salzburg e outros órgãos do conselho municipal.
Os jardins do palácio, abertos ao público pelo Imperador Franz Joseph em 1854, são uma obra de arte. O destaque fica para a fonte, no centro do jardim. Ao redor dela há quatro grupos de estátuas esculpidas por Ottavio Mosto em 1690 e simbolizam os elementos terra, fogo, água e ar.
 
Mozarts Geburtshaus é o lugar onde o compositor Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 27 de janeiro de 1756 e viveu os seus 17 primeiros anos. Entre os objetos expostos, há um violino que tocava quando era pequeno e uma mecha de seu cabelinho infantil. Já a Mozart-Wohnhaus, onde viveu entre 1773 e 1781, conta a história de sua família. A casa foi parcialmente destruída durante a Segunda Guerra, mas depois restaurada.
 
 
Innsbruck - aos pés dos Alpes
 
Meu próximo destino na Áustria seria Innsbruck, distante cerca de duas horas de trem de Salzburg. Ao chegar na estação, verifiquei que o Centro Histórico estava bem próximo. Minha estada seria de apenas um dia, uma vez que, no dia seguinte, estava agendada a viagem à capital austríaca.
Innsbruck está localizada na região oeste da Áustria, conhecida como Tirol, muito perto da fronteira com outros países, e que faz parte de uma região muito procurada e reconhecida como resort de esqui no inverno e já foi sede, inclusive, dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno.
Innsbruck também é bem conhecida pois lá perto, na cidade de Wattens, a famosa fábrica de cristais Swarovski foi fundada e hoje é uma espécie de museu, uma atração turística bem interessante - só que infelizmente não pude visitá-la, pois necessitaria ficar mais um dia.
Dessa forma, procurei me concentrar em Innsbruck a fim de conhecer as principais atrações da cidade, muitas das quais localizadas no seu Centro Histórico.
 
Comecei minha caminhada pela Maria-Theresien-Strasse, a rua principal de Innsbruck, fundada há mais de 700 anos e onde carros não circulam. Por ela se tem uma visão incrível da arquitetura barroca e a vista fenomenal dos Alpes. Nessa rua existem dezenas de cafés e restaurantes para se fazer um breakfast ou um almoço divino, ou para fazer algumas compras interessantes.
Nos arredores dessa rua há uma loja da Swarovski com preços competitivos.
Mais adiante avistei um dos mais famosos pontos históricos de Innsbruck, a coluna de St.Anna ou Annasäule, que leva esse nome por ter sido erguida no dia da Santa Anna, em julho de 1703.
Pertinho dali fica a Stadtturm, ou a torre da cidade, uma das construções que também chama a atenção com seu teto verde arredondado e que serviu de ponto de observação em tempos medievais. Exatamente por isso, é um excelente local para ver a cidade do alto em um deck, depois de subir 133 degraus. Fica aberta durante todo ano
Ainda no Centro Histórico de Innsbruck encontrei o Goldenes Dach ou Teto Dourado, considerado o símbolo mais famoso da cidade, com seu telhado todo decorado com 2.738 telhas de cobre dourado a pedido do imperador Maximiliano, em celebração pelo seu casamento.
Ele foi construído em 1420, por Frederick IV, para abrigar os soberanos tiroleses e também foi a residência do Imperador Maximiliano I. Esse imperador foi um nome muito forte na história do Tirol.
Maximiliano transformou Innsbruck numa capital imperial e, assim, a cidade ganhou destaque como grande centro de política e cultura europeia naquela época. Mais tarde, durante as duas Guerras Mundiais, a Áustria sofreu bastante. Pertenceu ao império Austro-Húngaro que desmoronou durante a Primeira Guerra e mais tarde foi anexada pela Alemanha Nazista, durante a Segunda Guerra.
Afinal, dizem que Hitler era austríaco, mas há controvérsias.

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