Brand-News Publicidade 1200x90
Brand-News Publicidade 728x90

Caso Presidente Lula: Otorrinolaringologista alerta para o uso incorreto do termo "labirintite" e reforça a importância do diagnóstico

28/05/2025 15h58 - Atualizado há 1 dia
Caso Presidente Lula: Otorrinolaringologista alerta para o uso incorreto do termo labirintite e reforça a importância do diagnóstico
Foto meramente ilustrativa - Reprodução Google

 

Médico otorrinolaringologista da ABORL-CCF alerta para o uso incorreto do termo “labirintite” e reforça a importância do diagnóstico médico imediato

A Presidência da República informou nesta semana que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um quadro de vertigem, sintoma caracterizado pela sensação de que a própria cabeça está girando. O presidente está sendo acompanhado por sua equipe médica e permanece em repouso, conforme orientação clínica.

Embora o termo “labirintite” seja frequentemente utilizado pela população para descrever esse tipo de mal-estar, especialistas alertam que o uso é, na maioria das vezes, incorreto. De acordo com o médico otorrinolaringologista, diretor-presidente da Academia Brasileira de Otoneurologia (braço acadêmico da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF), Dr. Márcio Salmito, vertigem é um sintoma, não um diagnóstico.

“Vertigem é o nome do sintoma que descreve a sensação de que a cabeça está se movendo, tipicamente girando. Muitas pessoas dizem que estão com labirintite, mas esse é apenas um dos possíveis diagnósticos, já que toda doença labiríntica pode se manifestar com vertigem. O correto é investigar a causa da vertigem, que pode estar relacionada tanto a doenças do labirinto quanto a condições neurológicas”, explica o médico.

Entre as possíveis origens da vertigem estão doenças do labirinto, como a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) e a doença de Menière, mas o sintoma também pode ser causado por problemas neurológicos, como acidente vascular cerebral (AVC), tumores, esclerose múltipla e sangramentos cerebrais. Nestes casos, as regiões afetadas geralmente estão na parte posterior do cérebro, como o tronco encefálico e o cerebelo.

“Quando o quadro de vertigem surge de forma súbita, sem diagnóstico prévio, o paciente deve ser avaliado com urgência. O pronto-socorro é o local mais adequado para uma investigação inicial, principalmente para excluir causas neurológicas mais graves”, alerta o Dr. Márcio.

O especialista também chama atenção para o risco da automedicação e da banalização do sintoma. É comum que familiares, amigos ou vizinhos atribuam episódios de vertigem à “labirintite” e indiquem remédios sem prescrição. No entanto, essa prática pode atrasar diagnósticos importantes. Uma neurite vestibular, por exemplo, tem maior chance de se recuperar quando tratada nos primeiros cinco dias de sintomas. 

Com relação ao tratamento, o médico esclarece que dependerá da causa identificada. No caso de distúrbios do labirinto, pode envolver medicamentos, reabilitação vestibular e mudanças no estilo de vida, como controle do estresse, alimentação adequada e restrição ao consumo de álcool e cafeína. Tudo depende de cada caso. Enquanto uma VPPB é tratada sem remédios, uma doença de Menière pode necessitar de diferentes medicamentos. 

FONTE: Midiaria.com - Beatriz Felicio - [email protected] - FOTO: Reprodução Google

 

 

Crise de labirintite: alimentação pode ser aliada na prevenção

Nutricionista destaca que dieta rica em vegetais, peixes e frutas frescas pode ajudar no equilíbrio do sistema nervoso

De acordo com a nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da UNINASSAU Boa ViagemJussara Pessôa, a alimentação desempenha um papel fundamental na prevenção das crises. Inclusive, o consumo regular de frutas pode ser um aliado importante nesse processo. Alimentos naturais são recomendados por sua riqueza em antioxidantes, vitaminas e baixo teor de sódio.

“Vegetais verdes escuros, como espinafre, couve e brócolis, são ricos em magnésio e vitaminas do complexo B, que favorecem o funcionamento do sistema nervoso. Alguns peixes mais gordurosos (salmão, sardinha e atum), além de ricos em ômega-3, possuem ação anti-inflamatória, sendo uma maneira reduzir processos inflamatórios no ouvido interno. Já as oleaginosas são fontes de vitamina E e magnésio. Ou seja, auxiliam nas saúdes vascular e neurológica. No caso do gengibre, ele tem propriedades anti-inflamatórias e pode ajudar a aliviar tonturas leves”, afirma Jussara Pessôa.

Além disso, boa hidratação é essencial. Caso contrário, os sintomas podem ser agravados. Segundo a especialista, outros alimentos contribuem para a prevenção das crises. “Evite estimulantes, como cafeína e açúcar em excesso, pois costumam aumentar a ansiedade e favorecer desequilíbrios. Chá-preto, refrigerantes e chocolate também aumentam a sensação de tontura”, esclarece.

Manter uma dieta balanceada, com baixa ingestão de açúcar, gordura e sal, é essencial para quem convive com a condição. "Embutidos e alimentos enlatados têm bastante sódio, o que pode levar à retenção de líquido, alterar a pressão arterial e até prejudicar a circulação no ouvido interno. Há a possibilidade do consumo excessivo de açúcar e alimentos ultraprocessados causar picos de glicose no sangue, afetando o sistema nervoso. Além disso, bebidas alcoólicas também prejudicam o equilíbrio e o funcionamento do sistema nervoso central", pontua. 

A dieta desempenha um papel importante na manutenção da saúde do sistema vestibular. É preciso incluir, diariamente, frutas frescas no cardápio e evitar o consumo excessivo de alimentos industrializados. Laranja, abacaxi, limão e maracujá são frutas muito ácidas e podem irritar o labirinto em pessoas sensíveis.

FONTE: UNINASSAU - [email protected]  


Notícias Relacionadas »