o olhar que erra. estremeço. não devo nada à tristeza, talvez ela a mim.
não queria me sentar sobre a burocracia do seu dia. muito menos usar demasiadamente a estupidez do acento agudo, que impõe quando eu devo abrir as sílabas.
na miséria por uma tarde igual, atraído vorazmente pela sua mão mansa que mais parece toque de mãos com luvas no maior frio de todos os invernos.
você deve ter mais do que isso. a emoção louca de estar perto. num acaso perdido na rua das vendas, que dançam os tios perto dos predios das pessoas adolescentes, todas as pessoas adolescentes expulsam o sol e acendem a luz dos postes. briga injusta entre deus e a razão.
com um pedaço de ternura me despeço agora e lhe encontro longe, somente no próximo segundo.
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