Revista Time destaca projeto do UXUA que revitaliza área verde no litoral baiano em lista de 100 Melhores Lugares do Mundo em 2025

18/03/2025 15h23 - Atualizado há 1 semana
Revista Time destaca projeto do UXUA que revitaliza área verde no litoral baiano em lista de 100 Melhores Lugares do Mundo em 2025
Casa Azul do UXUA Maré tem sua estrutura composta, principalmente, por grandes vigas de Braúna, uma das madeiras mais bonitas e resistentes do Brasil

 

Trazendo destaque para lideranças em turismo sustentável brasileiro, as inovações de design verde de Wilbert Das em Trancoso são celebradas por revista internacional

Desde 1923, a Time é uma das mais famosas e conceituadas revistas semanais do mundo. A publicação norte-americana conta atualmente com um público de mais de 100 milhões de pessoas ao redor de todo o globo, e foi a primeira revista semanal de notícias da história do mercado editorial, que apresenta desde o seu início um resumo dos principais eventos mundiais.

Com o passar das décadas, seu prestígio aumentou vertiginosamente, tendo, em algumas de suas publicações, capas que registraram parte da história recente da humanidade e recebeu inúmeras premiações graças ao olhar apurado de seus jornalistas, que sempre acompanharam as maiores tendências mundiais.

Em 13 de março de 2025 foi publicada a World's Greatest Places 2025 - em tradução livre, “Os melhores lugares do mundo em 2025” -, que entre suas 100 recomendações de lugares para visitar esse ano contemplou um brasileiríssimo e inovador projeto sustentável no sul da Bahia, idealizado pelos fundadores do já premiado UXUA Casa Hotel & Spa.

Um hotel que nasceu despretensiosamente há 15 anos, quando o designer holandês e ex-diretor criativo da marca italiana Diesel, Wilbert Das, junto com seu parceiro na grife, Bob Shevlin, apaixonaram-se por Trancoso e começaram a restaurar algumas das casas centenárias do Quadrado Histórico, em parceria com artesãos locais, utilizando métodos de construção tradicionais e materiais recuperados para retorná-las às suas características originais somando muito conforto, natureza, arte e design únicos. 

Durante a calmaria forçada dos anos de pandemia no setor hoteleiro, a dupla embarcou em um desafio peculiar com a compra de uma área de seis hectares de Mata Atlântica e Restinga preservadas, de frente para a praia de Itapororoca (uma das áreas mais bonitas e protegidas de Trancoso, isolada e totalmente tranquila, a 50 minutos a pé da praia logo abaixo do Quadrado Histórico), onde iniciaram um processo de revitalização do terreno.

Com a ajuda de biólogos da Universidade de Ilhéus, 96 espécies de árvores foram identificadas e áreas desmatadas foram recuperadas com a adição de palmeiras e árvores frutíferas que ajudaram a atrair ainda mais pássaros e pequenos animais tradicionais da região.

Paralelamente, Wilbert soube por sua rede de contatos de restauração que três antigas casas de fazenda ainda em boas condições estavam prestes a serem demolidas, na pequena cidade de Cuba, na fronteira entre Minas Gerais e Bahia. Ele não somente comprou as três casas, como acompanhou à distância o cuidadoso processo de desmontagem e catalogação de todas suas partes para o transporte de caminhão até Itapororoca onde, em uma área de clareira, as reconstruiu com adição de toques modernos às estruturas tradicionais. Nasceu então o UXUA Maré, projeto complementar ao UXUA Hotel que oferece contato direto com a natureza exuberante do sul da Bahia.

O nome, UXUA Maré, veio graças a formação muito especial de recifes de coral existente na ponta da praia de Itapororoca, que proporciona na maré baixa diversas piscinas naturais permeadas por uma rica vida marinha, tornando o local completamente diferente ao longo do dia, de acordo com as mudanças das marés.

O projeto atende uma nova necessidade crescente do mercado: o desejo de desfrutar de lugares que proporcionem silêncio e hospitalidade imersa na natureza, oferecendo uma experiência completa do ritmo diário, com sensações, paisagens, sons e aromas do local. Um conceito que une economia e sustentabilidade, uma prioridade do UXUA e parte de sua missão, com Bob como um dos 11 membros do conselho deliberativo da ONG Conservação Internacional, com quem é cofundador da aclamada Futuri Aliança Para Turismo Regenerativo.

Com um viveiro no local para recultivo de plantas raras, reflorestamento do terreno ao redor, painéis de energia solar e poços de água subterrânea para cada casa, Das está mostrando como o turismo sustentável pode preservar a Mata Atlântica, que está em perigo.
Time Magazine

Assim como as demais casas do hotel, cada casa do UXUA Maré foi pensada para integrar-se à flora do entorno, contando também com a adição de árvores frutíferas, horta de vegetais e PANCS, além de uma coleção de palmeiras raras cuidadosamente plantadas nas poucas áreas que já encontravam-se desmatadas na compra do terreno.

A Casa Azul, que mantém sua cor original, foi a primeira a ficar pronta, com estrutura composta, principalmente, por grandes vigas de Braúna, uma das madeiras mais bonitas e resistentes do Brasil. Somam-se também outras espécies de madeira de lei presentes na casa original, raras e atualmente proibidas de serem cortadas. As paredes de pau a pique da casa foram substituídas por vidros que convidam a exuberante natureza do entorno para dentro do ambiente, que também ganhou ares de um amplo loft, com madeiras de paredes internas sendo reaproveitadas para a confecção dos móveis.

A Casa Verde é uma reforma de uma estrutura simples já existente no local, transformada em uma pequena e aconchegante casa com fogão a lenha. As casas Amarela e Branca, que finalizam o projeto, acabaram de receber os toques finais de decoração e embora tenham eventos privados limitados reservados para abril, estarão disponíveis para reservas abertas ao público no final de junho.

Como é enfatizado no livro UXUA UTOPIA, de Li Edelkoort, o projeto é todo permeado pelo conceito da economia circular, ou seja: um modelo de produção e consumo que visa equilibrar o sistema econômico, a sociedade e o meio ambiente, somado à filosofia do turismo regenerativo, que é uma evolução do turismo sustentável, e que visa regenerar e resgatar aquilo que foi poluído, esquecido ou danificado.

Wilbert Das reflete: “Sinto que eu e os artesãos de Trancoso que trabalham comigo somos como uma máquina do tempo que traz essas casas do passado ao presente. O processo teve desafios e muitas lições aprendidas e certamente foi o projeto mais gratificante do qual participei.”

Bob Shevlin complementa: “Há algo mais sustentável do que trazer estruturas até então abandonadas para lugares onde todos querem estar? Com o Brasil sediando a COP30 em 2025 e participando ativamente das discussões sobre futuros mais sustentáveis, estamos felizes em poder contribuir com histórias locais positivas de adaptação e conservação”.

Para saber mais, acesse https://uxua.com/pt/


FONTE: FONTE: Gisneila Mota Souto - Interamerican Network - [email protected] - Fotos: Marta Tucci
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