Pelas mãos de alguém que já foi, um barco desenhado na parede descascando o tempo.
A diferença da prisão do quarto com a prisão da cela, é o outro lado. E nela, as grades disformes dizendo “venha”, porque estão abertas, resistidas no conformismo da história, que por muitos anos a trancou - mas só até hoje.
O lado de fora é um poeta amador, que primeiro sente e só depois coloca a massa no verso pobre. Pouco importa, porque os olhos que leem são tão amadores quanto os olhos dos que escrevem. Não exigem técnica, não maturam, e choram.
Olhos não servem só para isso.
Difícil convencê-la.
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