No quarto.
Abrir os olhos no breu,
à destreza da certeza do que não se enxerga,
mas lá jaz:
a rendição do livro
os sapatos
a tempestade do copo d´água
e você,
mapeando cada mobília pela memória.
Na falta de som de fora o escuro é mais escuro
e só no escuro o corpo toca todas as músicas
de
uma
vez.
E está lá o radiante escuro,
escuro das coisas
e só das coisas.
A um palmo de distância do nariz
toda a sua vida passando
até a luz entrar pela janela.
[Tadeu Rodrigues]
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