05/06/2024 às 15h55min - Atualizada em 05/06/2024 às 15h55min
Vivendo o ecoturismo: conheça destinos com experiências em meio à natureza
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No país com a maior biodiversidade do mundo, a prática sustentável se destaca entre as atividades turísticas que mais crescem
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil abriga a maior biodiversidade do mundo, contemplando 20% do número total de espécies. E neste Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06), o Hurb pauta a prática do ecoturismo, que, fundado nos conceitos de sustentabilidade, conservação e educação, promove economias locais enquanto incentiva o lazer e saúde para os visitantes. Vivendo no país eleito como o melhor para essa prática, segundo a Forbes, não tem como o brasileiro perder essa oportunidade. E a empresa de tecnologia que atua no mercado de turismo há 13 anos separa alguns destinos imperdíveis para a prática.
A Organização Mundial do Turismo considera o segmento como o de maior crescimento no setor, com aumento médio de 5% ao ano. Os dados vão ao encontro das motivações da atividade turística, identificadas pelo infográfico Turismo de Natureza, publicado esse ano pela Embratur: a busca por novas experiências, conexão com a natureza, explorar lugares únicos e intocáveis e aprender, além de vivenciar a cultura local.
Floresta Amazônica (AM)
Na maior floresta tropical do mundo, segundo a National Geographic, é possível conhecer diferentes plantas, animais e modos de vida. Com quase 7 milhões de km² de extensão, sendo 4 deles no Brasil, a Amazônia ocupa nove estados nacionais. O maior bioma do país é casa de cerca de 14 milhões de espécies da flora e 30 milhões de fauna, apresentando também a maior biodiversidade da Terra. Essas características colocam o destino entre os mais desejados pelos apaixonados pelo turismo ambiental.
Afinal, não há outro lugar que reúna experiências de observação de espécies regionais - como o boto-cor-de-rosa, macaco-de-cheiro e a Sumaúma -, contato com comunidades indígenas e fenômenos da natureza como o encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Há sempre uma novidade a ser vivida na Amazônia. E, claro, tudo acompanhado de informações que enriquecem ainda mais os passeios e ressaltam a importância de manter esses espaços sem grandes interferências externas.
Chapada dos Veadeiros (GO)
Localizada no coração do Brasil, a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, é marcada por uma paisagem de formações rochosas únicas, cachoeiras cristalinas, que atraem aqueles que buscam o contato com a natureza para se aventurar. Rapel nas quedas d’água e escalada em paredões são possibilidades mais radicais de se praticar na região. A forte presença de comunidades quilombolas e tribos indígenas remanescentes também enriquece a experiência turística com aprendizados.
Com trilhas que possibilitam explorar cavernas milenares, avistar animais selvagens e mergulhar em piscinas naturais de águas límpidas, a região abriga uma rica diversidade de plantas. Não é à toa que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi tombado como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO. Nesse destino, que abrange o bioma Cerrado, as poucas árvores crescem de forma retorcida, alcançando cerca de 15 metros apenas.
Bonito (MS)
No destino sul-mato-grossense, uma imagem se destaca: dentro de uma caverna cheia de estalactites, um lago azul brilha aos olhos. O aspecto bruto das paredes rochosas em contraste com as águas calmas da Gruta do Lago Azul, como um oásis, chama a atenção de todos. Já nos rios da região, a grande atração são os peixes coloridos, que aparecem nas fotos submersas de qualquer turista. Flutuação e mergulho são as atividades aquáticas mais buscadas nas águas translúcidas de Bonito.
Esse santuário natural inspira tanto amantes da natureza quanto a comunidade local, que lucra com a atividade turística sem deixar de priorizar também a conservação do espaço. Na cidade, projetos públicos garantem, desde o ensino escolar, o aprendizado sobre educação ambiental, visando criar cidadãos conscientes da importância estratégica do tema para a região. Assim, esse conhecimento também é transmitido aos visitantes, entre um passeio e outro.
Foz do Iguaçu (PR)
Um dos destinos mais emblemáticos do ecoturismo no Brasil, Foz do Iguaçu ficou internacionalmente conhecido por suas impressionantes cataratas - um complexo natural que integra mais de 270 quedas d’água. Elas podem ser observadas de longe, a partir de passarelas que se debruçam sobre as águas, ou de perto, graças a passeios pelo rio que permitem que os visitantes sintam na pele a umidade.
Elas fazem parte do Parque Nacional, cuja fauna e flora também podem ser desbravadas em trilhas a pé ou em carros 4x4, acompanhados de guias especializados. No mesmo município, o Parque das Aves abriga espécies tropicais em um santuário de conservação aberto ao público, para interação com os animais.
Alter do Chão (PA)
No estado que receberá a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30) em 2025, Alter do Chão encanta turistas com suas praias de água doce, às margens do rio Tapajós. O destino já se consolidou como parte da rota do ecoturismo nacional, sendo conhecido hoje como “Caribe Amazônico”. Passeios curtos de barco levam os viajantes para as Ilhas do Amor e do Macaco, para um banho em águas calmas durante o pôr do sol.
Em meio à diversidade típica desse bioma, o vilarejo dos moradores locais proporciona uma série de atividades, como observação de pássaros da fauna local e trilhas na floresta. Próximo à vila, a Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns é um exemplo de conservação bem sucedida, onde os visitantes podem aprender sobre as práticas sustentáveis do manejo dos recursos naturais.
Além da grande oferta turística no Brasil com esse tema, outros fatores contribuem para a popularização da prática: a conscientização sobre a importância da preservação ambiental, reforçada pela intensificação de alguns fenômenos climáticos, e o entendimento sobre a responsabilidade dos visitantes para com um destino. Assim, parques, reservas e outras áreas protegidas pela lei despontam como opção de destino. Até 2027, o segmento do turismo ecológico mundial deve movimentar mais de US$ 330 bilhões.