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11/04/2024 às 13h40min - Atualizada em 11/04/2024 às 13h40min

Pesquisa aponta que envelhecimento do cérebro começa aos 40 anos, antes do que se imaginava, mas há formas de diminuir seus efeitos

FONTE: DIGITAL TRIX - Monica Ferreira - [email protected]
Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google
 
Neuroplasticidade, mudanças em hábitos de vida e exames de rastreio são fundamentais para manter a saúde
 
A longevidade aumentou no Brasil e no mundo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que esse crescimento foi de 2,6 anos, passando de 72,8 para 75,5 anos, entre 2021 e 2022. A notícia que as pessoas estão vivendo mais é positiva, apontam especialistas, mas o envelhecimento da população também traz novos desafios. Um deles é o declínio cognitivo do cérebro, que acontece gradualmente e é um processo natural com o passar dos anos, diz a endocrinologista Alessandra Rascovski, diretora médica da Clínica Rascovski e idealizadora da iniciativa 'Cérebro em Ação'.
 
Quando exatamente as mudanças começam a aparecer? Uma pesquisa feita por neurocientistas irlandeses da Universidade de College Cork indica que o declínio pode se iniciar já a partir dos 40 anos, mais cedo do que a ciência imaginava. Divulgada na revista científica Trends in Neurosciences, a investigação mostra que a chegada à meia idade (que ocorre entre os 40 e 60 anos) deve ser considerada como o início do envelhecimento do cérebro.
 
E o que isso significa exatamente? Estamos todos "fadados a esse destino"? Não é bem assim. "Já é consenso entre os especialistas que mudanças no estilo de vida são fundamentais para evitar e/ou atrasar o avanço dessa queda, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e inclusive retardando doenças como Alzheimer, por exemplo, cada vez mais comum", explica a especialista. 
 
Realizar um check-up global, que inclua um rastreio para avaliar as funções cognitivas, é a melhor forma de antecipar cenários. “Em geral, as pessoas buscam esse rastreio somente quando já percebem algum problema que atrapalhe a sua vida. Pode ser, por exemplo, um esquecimento muito frequente, uma dificuldade de planejamento. E aí, vamos avaliar como está a saúde do cérebro naquele momento.”
 
Segundo a especialista, nem sempre essa conclusão é necessariamente o diagnóstico de uma doença. “A gente, naturalmente, vai diminuindo nossas funcionalidades e habilidades conforme envelhecemos, o que não significa que se tornará um diagnóstico de demência ou de outra enfermidade. Sabendo em quais circunstâncias estamos, podemos agir para mudar: desde quimicamente, com medicamentos, e também no estilo de vida, modificando hábitos”, afirma.
 
E o que faz com que essas mudanças sejam possíveis é a neuroplasticidade, um fenômeno natural do cérebro, que tem o poder de se modificar a partir de diferentes tarefas e novos desafios, como explica a fonoaudióloga Dra. Ana Alvarez. “Não há uma idade determinada para se fazer um rastreio neurocognitivo, porque as habilidades sempre podem ser ampliadas, melhoradas”, comenta.
 
De uma forma geral, o rastreio cognitivo inclui análise multissensorial, da memória espacial, acuidade auditiva, atenção, velocidade, planejamento, inibição, memória e flexibilidade. “Fazemos isso por meio de um protocolo de procedimentos desenvolvido por nós em que usamos métodos de avaliação tradicionais somados a uma triagem multissensorial, de função auditiva central e realidade aumentada imersiva para chegar a uma conclusão”, explica.

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