22/03/2024 às 14h07min - Atualizada em 22/03/2024 às 14h15min
Maquete de estação de tratamento de água do curso de Engenharia Ambiental da UNIFAL-MG gera conhecimento e conscientização sobre o desperdício
FONTE: Diretoria de Comunicação Social - [email protected] - FOTOS: Arquivo Pessoal/Rafael Moura
Maquete de estação de tratamento de água do curso de Engenharia Ambiental
Equipamento proporciona experiência visual de todo o processo de tratamento de água a estudantes da educação básica. Segundo o professor Rafael Moura, a maquete é importante na divulgação da temática de saneamento básico, visto que ajuda a visualizar a complexidade de se tratar água
Cerca de 2 bilhões de pessoas, ou seja, 26% da população mundial, não têm acesso a água potável segura e 3,6 bilhões - 46% - não têm acesso a saneamento básico seguro. Isso é o que mostra o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos de 2023, elaborado pela UNESCO em parceria com a ONU Água, sob o tema “Parcerias e Cooperação para a Água”. No Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, vale a pena conhecer a Miniestação de Tratamento de Água (ETE) da UNIFAL-MG, que proporciona aos estudantes da educação básica uma experiência visual de como funciona o processo de tratamento de água, além de despertar a consciência para a importância de evitar o desperdício.
A ETE foi confeccionada em 2013 no campus Poços de Caldas para divulgar o curso de Engenharia Ambiental em eventos escolares e feiras de ciências. “Na maquete, é possível visualizar a água antes do tratamento, assim como todas as etapas de tratamento, gerando uma água limpa e teoricamente pronta para o consumo humano”, conta o professor Rafael Brito de Moura (foto), coordenador do curso.
Segundo o professor, os próprios discentes da Engenharia Ambiental são os responsáveis por apresentar a maquete aos estudantes da educação básica nas oportunidades de visitas ou outros eventos de divulgação.
“O processo de obtenção de água tratada começa lá no manancial, que é o rio que possui água suficiente para abastecer a população de uma cidade”, explica, pontuando que essa água não é própria para consumo, uma vez que contém sujeira, vírus, bactérias e outros poluentes que comprometem a qualidade para consumo. “Esta água do manancial então é captada e direcionada para uma Estação de Tratamento de Água”, diz.
Nas oportunidades de apresentação da maquete, os acadêmicos mostram na prática como deve ser feita a limpeza. A etapa envolve a adição de produtos químicos que vão ajudar no processo, como sulfato de alumínio, óxido de cálcio, cloro, entre outros. “Após a adição dos produtos, esta água passa por uma série de tanques que faz com que toda a sujeita se junte e forme grandes flocos. Essa etapa é chamada de floculação”, detalha o professor.
Após a floculação, a água é direcionada a um grande tanque onde a sujeira vai sedimentar no fundo e a água limpa vai sair pela superfície, sendo esta etapa chamada de decantação. “Caso algum floco de sujeira escape do decantador, uma outra etapa, chamada de filtração, é adicionada ao processo de tratamento de água, removendo qualquer resíduo de sujeira que esta água possa apresentar”, ressalta. Ao final do processo, é adicionado cloro para desinfecção da água e flúor, que é exigido pela legislação brasileira.
O coordenador do curso de Engenharia Ambiental pontua que possibilitar o acesso ao conhecimento do processo de tratamento da água por meio da miniestação pode gerar uma conscientização a respeito do desperdício de água e ajudar na redução do consumo desnecessário. “A maquete é muito importante para divulgar a temática de saneamento básico, uma vez que os alunos visualizam toda a complexidade de se tratar água”, destaca.
Conforme o professor, o uso da maquete também é importante para os alunos do curso, uma vez que eles conseguem visualizar na prática todo conhecimento teórico que é aprendido em sala de aula.