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07/02/2024 às 14h49min - Atualizada em 07/02/2024 às 14h49min

Pressão baixa aumenta risco de desenvolver glaucoma, diz estudo

FONTE: Leda Sangiorgio - [email protected] - FOTO: Reprodução Google
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Níveis baixos de pressão arterial também estão associados a um risco de 2 a 6 vezes maior da progressão do glaucoma em quem já tem o diagnóstico
 
A pressão baixa aumenta o risco de desenvolver glaucoma de ângulo aberto. Além disto, a hipotensão também eleva a chance de progressão da doença. Esta foi a conclusão de um artigo publicado, recentemente, no periódico científico Ophthalmology.
Ao longo dos anos, outros estudos apontaram que a pressão baixa, principalmente a diastólica, aumenta o risco de 2 a 6 vezes de o glaucoma progredir. A diferença dos dados anteriores para os deste estudo é que foi demonstrado um efeito direto da pressão arterial na perda de células nervosas da retina.
 
Pressão baixa pode ser fator de risco modificável
Segundo a Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista geral e especialista em glaucoma, os dados deste estudo apontam que alguns aspectos da pressão arterial podem também ser um fator de risco modificável, tanto para prevenir o glaucoma como para impedir sua progressão.
“É interessante dizer que em muitos casos o glaucoma progride, mesmo que a pressão intraocular esteja controlada. Desta maneira, é importante investigar se o paciente apresenta sinais de hipotensão. Uma das principais causas de pressão baixa é o uso de medicamentos para hipertensão de forma inadvertida. Mas há pacientes que apresentam níveis mais baixos de pressão arterial por outros motivos”, reforça a médica.
 
De olho na pressão diastólica
A pressão arterial (PA) é a medida da força que o sangue precisa para circular nos vasos e chegar aos órgãos. A medida ideal da PA é de 12 por 8. A primeira medida é a pressão sistólica, que se refere à força do sangue contra as paredes das artérias durante a contração dos ventrículos. É durante a sístole que o sangue é enviado para o resto do corpo a partir do coração. A PA sistólica é a primeira medida que vemos quando se afere a pressão.
Já a pressão diastólica mede a força do sangue contra as artérias durante o relaxamento do coração. A diástole, portanto, é o momento em que o coração relaxa e a artéria coronária fornece sangue ao coração. A PA diastólica é o segundo número na leitura da pressão.
 
A pressão é considerada baixa quando a leitura fica por volta ou abaixo de 9 por 6. O grande perigo da hipotensão é a falta de oxigenação nos órgãos e sistemas do corpo humano, incluindo a retina e o nervo óptico.
 
Sintomas podem passar despercebidos  
A hipotensão repentina pode causar sintomas mais evidentes. Porém, algumas pessoas não apresentam sintomas ou ainda desconhecem as manifestações da pressão baixa. Entre os sinais e sintomas mais comuns da hipotensão estão:
. Tontura
. Taquicardia
. Visão embaçada
. Náuseas e/ou vômitos
. Sensação de desmaio
. Cansaço e fadiga
. Sonolência
. Palidez
. Perda de equilíbrio
. Dificuldade para se concentrar e confusão mental
 
Pressão baixa e glaucoma: será um fator de risco modificável?
“Certamente novos estudos são necessários para levantar outros fatores de risco para o glaucoma. Mas, a partir dos dados que já existem, como os deste estudo, podemos expandir nossos conhecimentos e incluir a hipotensão como uma das possíveis causas da progressão do glaucoma ou ainda como um fator de risco para o desenvolvimento da doença”, acrescenta a oftalmologista.
“Nestes casos, a recomendação é encaminhar pessoas com hipotensão para uma triagem oftalmológica mais precoce. Outro aspecto é investigar pacientes que apresentam progressão da doença, mesmo com a pressão intraocular controlada”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

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