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02/02/2024 às 16h48min - Atualizada em 02/02/2024 às 16h48min

Combinações de remédios e alimentos podem ser perigosas

FONTE: Central Press - [email protected] - FOTOS: Divulgação / Freepik
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Na maioria das vezes, é recomendado comer algo antes de ingerir qualquer medicamento. Entretanto, é importante considerar que os alimentos têm um grande efeito na forma como o corpo processa os medicamentos, podendo aumentar ou reduzir a eficácia do tratamento.
 
Algumas combinações de medicamentos e alimentos podem resultar em coágulos sanguíneos ou danos no fígado. Segundo o doutor em Farmacologia e coordenador do curso de Farmácia da Universidade Positivo (UP), Felipe Lukacievicz Barbosa, é crucial revisar a bula antes de iniciar um novo tratamento para identificar alimentos que podem ou não ser consumidos durante o uso do remédio. 
 
Confira a seguir, cinco combinações que, segundo o especialista, devem ser evitadas.
 
Antibióticos x laticínios
A ingestão de alguns medicamentos, como certas classes de antibióticos (tetraciclinas e quinolonas), pode ter um efeito negativo se feita com leite. O cálcio presente no leite ou em derivados pode formar um complexo insolúvel com as moléculas dos antibióticos, impedindo a absorção normal pelo corpo. “Ou seja, o organismo pode não absorver a quantidade correta do medicamento, comprometendo o efeito farmacológico. Logo, a doença pode não ser tratada efetivamente”, explica. Mas isso não significa que nenhum medicamento pode ser tomado com leite. Por isso, na dúvida, é sempre importante consultar um médico ou farmacêutico.
 
Estatinas x frutas cítricas
Algumas frutas cítricas, como o suco de toranja (grapefruit), podem conter moléculas que interferem na absorção das estatinas, medicamentos que exercem o efeito de diminuir os níveis de colesterol no sangue. “Quando ingeridas com esses sucos, as estatinas sofrem um aumento elevado, sendo interpretado como um efeito tóxico no sangue. Apesar de os dados ainda não relacionarem diretamente essa associação de maneira perigosa, na dúvida, é melhor ingerir os medicamentos com água”, explica. 
 
Anticoagulantes x hortaliças folhosas
As hortaliças folhosas, como espinafre, couve e alface, apresentam abundantes quantidades de Vitamina K, que é crucial na ativação da cascata da coagulação sanguínea, quando necessário. No entanto, para aqueles que fazem uso de anticoagulantes, cujo objetivo é inibir essa cascata por diversos motivos, a ingestão excessiva dessas hortaliças podem reduzir a eficácia do medicamento, ocasionando a ativação indesejada da cascata de coagulação, fazendo com que o medicamento perca seu efeito e a pessoa volte a formar coágulos no sangue.
 
Analgésicos x bebidas alcoólicas
O consumo de bebidas alcoólicas não deve ser evitado apenas ao tomar antibióticos. Antidepressivos, analgésicos e medicamentos para diabete também podem causar uma série de complicações quando interagem com o álcool. A combinação de analgésicos, como ácido acetilsalicílico e paracetamol, com bebidas alcoólicas também apresenta riscos significativos. Além do aumento do risco de sangramento gástrico, a mistura pode levar à toxicidade hepática, respectivamente. O efeito depressor do álcool no sistema nervoso central também pode potencializar os efeitos dos analgésicos, resultando em sedação excessiva e outros sintomas indesejados.
 
Antipsicóticos x café
Os antipsicóticos, projetados para diminuir a atividade do sistema nervoso central, podem ter o efeito comprometido pelo consumo de cafeína presente no café. Em casos de tratamento para condições como esquizofrenia, em que a sedação é desejada, o café pode contrariar esse efeito, causando agitação, distúrbios do sono e aumento da frequência cardíaca. O equilíbrio entre a medicação e o consumo de cafeína deve ser cuidadosamente avaliado pelo profissional de saúde.
 
“Conhecer e compreender essas interações é essencial para garantir a eficácia dos tratamentos e evitar potenciais complicações à saúde. Sempre consulte um médico ou farmacêutico antes de fazer alterações significativas em sua dieta, ou rotina de medicamentos”, aconselha Barbosa.

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