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11/08/2023 às 15h20min - Atualizada em 11/08/2023 às 15h20min

Projeto de terras raras pode ser referência no mundo, diz o diretor executivo da Meteoric Resources

FONTE E FOTOS: Marcelo Vasconcellos Camillo
Reynaldo Guazzelli Filho (Mineração Varginha), Andrew Tunks (presidente da Meteoric Resources), Marcelo de Carvalho (diretor executivo da Meteoric Resources) e Ivan Leleko (Mineração Varginha)
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Empresa australiana assinou em Poços de Caldas o protocolo de intenções com o Governo de Minas visando a extração de terras raras - conjunto de metais com aplicação industrial e energéticas
 
Com a presença de Andrew Tunks, presidente da empresa australiana Meteoric Resources; da embaixadora da Austrália Sophie Davies; do governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema; do prefeito de Poços de Caldas Sérgio Azevedo e demais autoridades regionais e locais, foi assinado na data de ontem, 9 de agosto, no Salão Nobre do Palace Casino, o protocolo de intenções entre a empresa Meteoric Resources e o Governo do Estado de Minas Gerais.
Com investimento aproximado de R$ 1,5 bilhão, a Meteoric Resources iniciará trabalhos de exploração do projeto de terras raras no planalto de Poços de Caldas, pois acredita que a região tem potencial de ser um projeto de classe mundial.
 
A empresa concluiu a aquisição do Projeto Caldeira, um projeto Tier 1 Ionic Clay Rare Earth Element (REE), após a assinatura de um contrato definitivo com o Grupo Togni S/A Materiais Refratários, de Poços de Caldas.
O Projeto Caldeira compreende 51 licenças (23 Licenças de Mineração e 21 Pedidos de Licença de Mineração) e já teve uma exploração significativa conduzida, incluindo 1.311 furos de perfuração rasos para 13.037m. A perfuração em seis licenças retornou interseções de Óxido de Terra Rara Total (TREO) de grau ultra-alto, todas relatadas da superfície.
 

As terras-raras são compostos minerais extraídos em lugares específicos do planeta e que são utilizados por várias indústrias - em especial, na produção de energia renovável (turbinas eólicas e células fotovoltaicas), cabos, ímãs, baterias, entre outros produtos e equipamentos.
 
Sob o acordo de aquisição, a Meteoric adquiriu os direitos exclusivos para explorar e desenvolver todos os elementos de terras raras localizados nos 30 arrendamentos de mineração que compõem o Projeto Caldeira da Togni S/A Materiais Refratários.
 
REFERÊNCIA - Marcelo de Carvalho, diretor executivo da empresa, ressaltou que o projeto pode ser referência no mundo. “Não só nós acreditamos nesse projeto, mas os investidores também. Tenho certeza que esse é o maior projeto de terras raras do mundo”, disse o executivo.
 
Ainda segundo Marcelo de Carvalho, a história da Meteoric Resources no Brasil começou há 10 anos num projeto no estado do Mato Grosso, que foi desenvolvido por três anos, onde teriam que decidir ir em frente ou abandonar o projeto, momento que a empresa decidiu vender o projeto. “E por uma coincidência do destino e alguns amigos em comum, fomos apresentados na mesma semana ao Sr. Álvaro Fochi, geólogo da Togni S/A, que foi o descobridor do projeto de Terras Raras, e também à família Togni. Imediatamente quando entendemos a dimensão deste projeto, que nos foi apresentado, Andrew e um dos nossos principais investidores pegaram um avião e em duas semanas foi assinado o nosso primeiro documento, dando início ao projeto e às negociações. E deste então ele se mostrou muito melhor do que imaginávamos, com capacidade de quebrar o monopólio de décadas do mercado chinês”, disse.
 
Segundo a empresa, a projeção para o início da atividade produtiva será entre 24 a 36 meses, com expectativa de geração de 700 empregos.
 
PROJETO GEOLOGIA - O Complexo Alcalino Intrusivo de Poços de Caldas representa um dos mais importantes terrenos econômicos do Brasil e abriga jazidas de bauxita, argila, urânio, zircônio, REEs e leucita (utilizada como fertilizante). O Complexo Intrusivo Poços de Caldas abrange uma área de aproximadamente 800 km2, constituindo a maior ocorrência de rochas alcalinas da América do Sul. Os principais tipos rochosos encontrados no Complexo Poços de Caldas são rochas alcalinas intrusivas e vulcânicas do sistema nefelínico sienítico, composto por fonolitos e foidolitos.
A área de Poços de Caldas tem uma longa e contínua história de mineração de argila para tijolos e posteriormente argilas refratárias, juntamente com uma história mais recente (a partir da década de 1950) de atividades de mineração focadas em bauxita para alumínio e urânio pela Indústria Nuclear Brasileira (INB), desativada.
 
 


 
Por Marcelo Vasconcellos Camillo

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